Em 1985, ninguém acreditaria que o Erasure, formado por um
tecladista tido como arrogante e um vocalista performático e
exibicionista, daria certo. Ainda mais que Vince Clarke, o
tecladista em questão, foi um dos fundadores do Depeche Mode e
abandonou a banda após o sucesso de “I Just can’t get enough”.
Não satisfeito, bombou nos anos seguintes com o “Yazoo” (do hit
“Don’t go”), mas também não seguiu adiante com a dupla.
O insatisfeito Vince Clarke decidiu então partir
para um novo projeto. Após colocar um anúncio em um jornal de
música, ele entrevistou 41 rapazes, tentando encontrar um
cantor. Mas só aprovou o 42º: era Andy Bell, de personalidade
excêntrica, que contrastou perfeitamente com o perfil low
profile de Clarke. Ambos formaram o Erasure, que assim como
Depeche Mode (nos anos 80) e Yazoo, tinha como base os
sintetizadores. Porém, com uma pegada mais pop e dançante.
O primeiro disco do Erasure, “Wonderland” (1986), não foi bem
recebido pela crítica. Vince, já acostumado com o sucesso por
conta das bandas anteriores, quase pensou em desistir. A
recepção foi melhor no segundo álbum, “The Circus”, que
conseguiu chegar ao sexto lugar nas paradas britânicas. Mas foi
com o terceiro álbum, “The Innocents”, que o Erasure alcançou o
primeiro lugar, com músicas como “A Little Respect”.
A dupla manteve o sucesso nos álbuns seguintes com hits como
“Blue Savannah”, “I love to hate you” e uma versão ao vivo de
“Oh, L’Amour”. Os shows do Erasure, cada vez mais performáticos,
consagraram Andy Bell, com suas fantasias de penugens e
purpurinas, em ícone gay (em 2005, Andy anunciaria que era HIV
positivo desde 1998).
Em 1992, decidiram homenagear o ABBA, de quem eram fãs, lançando
“ABBA-esque”, com covers do grupo sueco. Segundo os críticos,
Bell conseguiu reproduzir perfeitamente as vozes de Frida e
Agnetha, as duas musas.
Obs: Oh Lamour, foi a primeira música que escutei do Erasure. Foi paixão à primeira vista! Uma das minhas bandas preferidas.
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